A algumas semanas atras tive a oportunidade de ir a cinemateca http://thecinematheque.ca/ de Vancouver, lugar que tomo como referencia para o que de bom se faz e fez no cinema, e sem duvida, muito ha para descobrir, claro que instituicoes como estas divulgam, informam e expoem estes conteudos, mas os espectadores ja trazem consigo a vontade e a abertura que este cinema exige.
Todos os anos realiza se o festival de cinema europeu http://europeanmovies.org/ onde se mostram em uma seccao e com limitado numero de espectadores o que de "melhor", e ponho entre aspas porque este e sempre alvo de seleccoa pessoal ignorando nos a grande totalidade do que e feito, do cinema europeu. E estado nos sugeitos a essa escolha, nos nunca sabemos o que iremos ver, por assim dizer, mas verdade seja dita que o cinema portugues, tanto aos seus conteudos e temas, nunca e dado a muitas surpresas e ha sempre um previsivel padrao nas nossas narrativas, que extendem as ruas raizes ao nosso teatro tradicional.
Uma das grandes qualidades dos filmes independentes, ou de qualquer independencia artistica, e a sua capacidade de tocar em temas e questoes que a producao em massa de filmes e incapas de se focar, tanto por questoes de interese geral e claro, lucro, mas sao exactamente as limitacoes orcamentais que tornam os filmes independentes tao livres, como se nos limites existice alguma forma de liberdade, neste caso, de expressao.
O filme que fui ver no entanto nao deixou de ter apios do estado, interncionais ( com presenca de actores espanhois, por exemplo) e da televisao publica, mas por mais que o filme pareca ter alvo o publico geral como se nota; e sem esquecer os tempos dificies a nivel economico e social que Portugal e a Europa atravessa e nunca olvidando o reduzido publico portugues, que fala e percebe a lingua, internacionalmente, este e sem duvida um filme independente a nivel orcamental, e isso ve se no grande ecra.
"O Consul de Budeus" de João Correa e Francisco Manso, conta nos 2 historias, sendo a principal a de Arestides de Souza Mendes http://sousamendesfoundation.org/, consul que durante o tempo da feros e ultra concervadora ditadura de Salazar http://www.oliveirasalazar.org/ passa visas, que vao contra a directiva 14, fazendo mais de 30,000 judeus entre outros perseguidos por Hitler, refugiarem se em Portugal. Tudo isto contado atravez de um velho homem que adoptou a musica classica como carreira, pela introducao e desenvolvimento do filme sabemos facilmente vemos que nos querem ir ao coracao.
A outra historia tem um objectivo mais emocional e de impulsionador da historia, mostrando a fuga de um casal de irmaos que fogem para a Franca depois de uma dramatica despedida dos pais no porto , e entretando a irma desaparece, e isto faz com que o personagem principal, uma versao mais jovem do velhote, venha a testemunha na primeira pessoa as accoes e palavras de Arestides de Souza Mendes actuado por Vitor Norte. Mas tudo acaba bem, pois embora Arestides tenha caido em desgraca, historiacamente falando, o personagem principal sempre e descoberto pela irmao atravez de uma curiosa neta que comecou esta narrativa toda com uma entrevista.

O facto de o filme apelar as emocoes parece me dever nao so a vontade de captar e manter a atencao do publico, por mais sencacionalista que possa parecer, mas de tentar e digo, tentar, contar uma historia ponde de lado, se possivel, as ligacoes idiologicas que se estendem ate ao presente, porque certamente havera no publico, nao o nego, saudusistas e adeptos do nao tao amado- porque muitos sofreram por causa dele nomedeadamente o Povo- Salarasaristas. E mais perto o caminho para o coracao do que para o mente, pelos vistos, mas ideologias nunca hibernam certamente, para os mais velhos.
Mas quando se fala em filme e emocoes podiamos ate levantar temas como propaganda, mas este filme nao o pretende ser, por mais emotivo que toque as cordas da emocao dos espectadores, e toda a arte e manipuilacao, bom nao esquecer. Mas parece me sim ser um filme que predente trazer dignidade a quem a foi negada em vida, judeus http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/vjw/France.html e Arestides, por um nobre e arriscado acto, e isso e nos repetido inumeras vezes.

Porque talvez aqueles que nos governam nao sabem afinal de contas o que e bom para nos, e se sobecem, seriam e sofreriam o que nos sofremos tal como nos, e visto esse nao e o caso tanto no passado como no presente, e talvez haja alguem como Aretides de Souza Mendes na politica portuguesa hoje, que certamente nao existera, e ai vem uma outra dimencao do filme de dar alguma, que pouca.... Esperanca!! Se isso se der entre alguns espectadores, ha de facto magia no cinema.....
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