Wednesday, April 05, 2006

Em busca do "paraiso".....perdido

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o Homem, muda-se a confianca, retumando sempre novas qualidades" diz-se, mas o quando se emigra e se evolui num novo pais, este poema ganha uma nova dimencao e complexidade. A historia da-se desta forma...os avos fogem do pais para poderem ter uma vida melhor no estrangeiro, por razoes politicas, como uma ditadura a cair de velha, ou economicas..tal como a pobreza resultado dessa mesma ditadura, e de uma longa historia de um pais que, sempre aceitou a sua "pobraza" e sempre andou a arrasto das elites e de interesses, que sempre venderam aos pobres, ilusoes de melhores dias .


Estes mesmos avos ao sairem de Portugal trazem consigo um portuges, falado e escrito, com sabor das durezas do campo, dos longos dias a trabalhar "como animais"...mas melhores dias o futuro parece prometer, ele promete, sera que ira cumprir? Ao chegar ao estrangeiro, os avos apercebem-se que a sua pobreza leva os a fazer trabalhos parecidos ao que faziam, mas pelo menos estao livres de ditaduras...mas o trabalho duro continua, "E a dita dura".
O avo vai trabalhar para os caminhos de ferro, com sete palmos de neve em seu redor e ha neste ambiente algo de deja vu, nesta dor aqui tao longe, existe algo que faz lembrar Portugal. A avo por sua vez, , limpa casas de banho e procura um segundo emprego que lhe foge sempre das maos. Pouco a pouco e e depois de muitas e longas horas de "sangue, suor e lagrimas"...surge um pequeno resultado, passados quase quatro a seis anos, compram a primeira casa, que de facto e na cave..mas pelo menos tem algo a que podem chamar casa.

Esse grande nucluo do que a ser portugues e sempre uma vitoria e uma honra quando se conquista...o centro "do mundo no espirito portugues".
Um dia o avo decide com uns compatriotas formar uma cooperativa e fazer um cafe portugues, esta idea faz com uma parte da comunidade se reuna ali para falar de Portugal e da dureza de aprender uma noval lingua, novos costumes...tudo e novo, mesmo passadas decadas, mas o que nao e novo e a nostalgia que vibra nos coracoes portugueses, mas que nostalgia podera ser esta? de Salazar? nao, da exploracao?...esta nostalgia e como um Don Sebastiao, incognito e cheio de tormentoso romantismo.
A avo, passado algum tempo ira ser criar um rancho falclorico, mas antes trabalha como empregada numa loja de italianos.

E aos domingos la iam a Igreja adorar o Deus concelador e amigo. Passado alguns anos nasce Jose, que por influencia familiar ira falar portugues, ler portugues e conhecer varias culturas sem sair da mesma cidade. Jorge no entao ira beneficiar da cultura canadiana, tendo uma maneira de ser a americana e sendo a sua maneira de sentir pensar totalmente portuguesa.
Jose vai escola portuguesa e saboreia atraves de sua mae pratos e comida portuguesa..mas ha algo de emocionante no seu espirito sempre que ouve fado, ou o cantar da sua regiao, algo que nao consegue defenir. Ao contrario dos pais, Jose nao e muito de religiao pois ele sente que Portugal nao se define por adoracoes a um Deus silencioso.

Ir a Portugal para Jose e como entrar num mundo fantastico cheio de historia e romantismo, ele sabe as historias de dor e pobreza, mas o romantismo com que ve portugal faz lhe esquecer tempos menos alegres do passado. Por causa do fado aprndera a tocar guitarra portuguesa, mas nunca se profisionalizara..sempre que toca viaja, Jose ama Portugal, para ele nao ha miseria, pobreza ou drogas..tudo de magnifico. Por influencia paterna sera concervador, mas no canada sempre sera um liberal e progressista..para Jose, os cocnervadores sao os unicos que podem fazer Portugal andar para a frente no Canada, saos os concervadores que ele menos deseja no poder.


Anos mais tarde depois de namorar quase todas as nacionalidades conhecidas, se casara com Sorahia, bela mulher de descendencia arabe de sexta geracao. Curiosamente ela sempre tera um fascinio por Portugal e aprendera a falar tao bem portugues de fazer inveja a alguem que aprenda uma lingua por educao familiar. Jose lhe ensinara a cozinhar comida portuguesa e a apreciar fado e tudo que e portugues enquanto o ser arabe nela se vergara a influencia lusitana.
Anos mais tarde Jose sera mecanico e eletrecista, talvez por influencia familiar trablahar com as maos sempre foi algo que Jose sempre gostou.
Anos mais tarde, nasceu Anthony e Sarah que embora tenlham sido amparados pela cultura de pai e mai, foi a cultura portuguesa que atraiu mais...enquanto a arabe so era lembrada em terrorificos ataques a cultura ocidental. Anthony nasceu gay, e por iso ir a Portugal e hoje em dia algo que se sente um pouco desconfortavel, ele adora a familia, mas nao suporta a homofobia que corre nas veias da moral portugesa. Ele Aprendeu algumas palavras portuguesas e ate sabe o hino nacional, mas de resto a sua curiosidade esta limitada a forma como e visto e descriminado de forma vergunhosa em Portugal.
Sarah por sua vez, adora Portugal e gosta de saber cada vez mais de Portugal..varias vezes visitou e namorou jovens portugueses. E aquilo que o pai dizia de Portugal ser muito bonito e cheio de beleza...ele concorda, mas nao nega que os fulhetos turisticos escondem os Casais ventosos e as pequenas culturas que recebem salarios de miseria..sim e uma miseria os fulhetos turisticos nao mostrarem Todo o Portugal. Aos 23 ela casa-se com um portugues e tera filhos de Gabriel, nascido na grande Lisboa...mas nao durara sempre, e retornara para o Canada. Mas ela sabe que ha historias felizes de amores entre mares e oceanos, ha paraisos que ainda nao forma perdidos..
E assim e a cronologia da forma de ser e estar em relacao a Portugal ao longo do tempo, muito mudou..tudo muda, mas s permanece o saudade de Portugal, que vai mudando com as geracoes e emocoes a cada avanco cronologico...avanco este imparavel e imprevisivel...

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